por Gustavo Gollo
Desde o início da epidemia, alardeava-se que o coronavírus avassalaria a África deixando um rastro de mortes marcante por todo o continente, dadas as condições de pobreza locais. Ao contrário da expectativa, o continente tem sido poupado de consequências maiores a ponto de causar perplexidade.
Os dados revelam nitidamente que embora uma grande parcela da população tenha sido infectada pelo vírus, não houve nenhum pandemônio, nem tendo sido notada alteração no movimento nos hospitais, nem na quantidade de óbitos. Ou seja: todo mundo pegou covid-19 na África, mas ninguém notou nada! Mesmo sem achatamentos de curva, a quantidade de óbitos na região foi muito menor que a relatada em qualquer país desenvolvido. O paradoxo gerou o enigma: por que o coronavírus não causou tantos óbitos em África quantos causados em localidades muito mais ricas?
Uma breve exposição da situação encontra-se aqui:
À primeira vista, uma consideração bem simples parece solucionar o mistério: a população africana é muito jovem e os jovens praticamente não são afetados pelo coronavírus.
A solução, no entanto, é falaciosa por razão igualmente simples.
Embora tenha sido divulgado amplamente que “idosos sejam mais suscetíveis à doença”, essa informação é incorreta, ou, ao menos, imprecisa. Quando uma pessoa pega covid, seu estado geral de saúde — se está debilitado, ou não —, informa muito mais sobre os riscos que sua idade. Seria mais preciso afirmar que grupos previamente debilitados são mais suscetíveis à doença. É a debilidade prévia que deixa os idosos em risco, não a idade. Em uma população onde poucos passam dos 50 anos, quinquagenários se encontram tão debilitados, quanto octogenários de sociedades ricas, podendo, em decorrência, ser considerados idosos.
Penso que a África escapou do flagelo simplesmente porque chutou o pau da barraca, e que as mortes ocorridas no restante do planeta tenham decorrido do pandemônio, não o contrário; penso que a histeria hipocondríaca tenha sido responsável por mais mortes que a doença.
A fábula ilustra meu ponto de vista sobre o evento que considero ter sido uma repetição fortemente amplificada da (agora reconhecida como farsa) gripe suína. (Referências aqui).
Confira a disparidade entre a África e o resto do mundo no final do texto.
O peru, o galo, a raposa, a gripe suína e uma ameaça ainda mais insidiosa!
Contam-nos que o galo e o peru, pressentindo a aproximação da raposa, subiram em uma árvore onde se puseram a salvo. A raposa, no entanto, obstinada e faminta, tratou de testar a dupla. Após alguns saltos, rosnados e ataques da raposa, o galo, bem lá no alto, decidiu fechar os olhos e dormir, percebendo que aquela patacoada viria durar por quanto durasse sua atenção. O peru, em contrapartida, não tirava os olhos da raposa; à beira do pânico, mesmo nas alturas, fugia de cada ataque da fera ladina, pulando de um galho para outro a fim de se manter o mais distante possível dos dentes aterrorizantes, enquanto a raposa se comprazia:
— Esse galo não vai ter jeito, mas o peru já está no papo!
E tratou de executar as mais exuberantes proezas, saltando e rosnando desbragadamente e de maneira insana, em meio a caretas ferozes que faziam a ave apavorada pular de galho em galho empurrado pelo terror.
Meia hora depois, quando o galo abriu os olhos, a raposa já se havia ido; do peru restavam somente penas espalhadas pelo chão ao redor da árvore. Pensou o galo:
— Estúpida criatura, tanta trela deu ao bicho, que acabou no seu papo.
* * *
Dias depois, quando a raposa voltou ao terreiro, todas as galinhas estavam instruídas sobre o que fazer se atacadas pela raposa: repousar em um galho alto e esperar que ela se fosse.
Impotente ante tal defesa, a raposa tratou de maquinar nova tática; percorrendo todas as moitas ao redor do terreiro anunciava com voz gutural e sons fantasmagóricos a chegada de uma gripe que em breve viria ceifar todas as vidas ao redor. O galo, a princípio, riu-se da ameaça absurda, mas acabou por se preocupar com a coisa quando os contínuos alardes começaram a deixar as galinhas à beira do pânico.
Dia após dia, disfarçada, a raposa alardeava a chegada da gripe, tirando o sossego de todo o terreiro, e quando um pintinho faleceu a bordo de um avião distante, ninguém teve nenhum receio de diagnosticar: morreu de gripe! Era a gota que faltava. Impulsionadas pelo pânico, as galinhas tiraram seus pintinhos das escolas e se dispersaram com eles pelos arredores proporcionando às raposas os mais lautos banquetes dos quais se lembram.
Com a chegada da gripe suína, e da enorme mortandade entre galinhas e pintos, chegaram também os doutores raposos e prescreveram remédios caros, importados, mas de efeito duvidoso, que deveriam ser comprados com a única verba existente: a planejada para o fortalecimento da cerca do galinheiro.
* * *
Decorrido certo tempo as gordas raposas anunciaram suas candidaturas aos mais importantes cargos dos arredores e sabem que serão eleitas pelos sobreviventes da gripe suína, pois foram elas as heroínas, as salvadoras que, desde o início, anunciaram o flagelo que estava por vir!
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A letalidade da gripe suína é equivalente à de qualquer outra gripe, ou seja, a gripe suína não passa de mais uma gripe. Acordemos para a insanidade que consiste na suspensão de aulas e outros transtornos por causa de uma gripe!
Note ainda que, no momento, o usual descaso com a saúde da população, ainda que agravado pelo deslocamento de recursos para o tratamento de gripe (atentem, repito, GRIPE!) parece estar justificado pelo alarme causado pela gripe!
ACORDEMOS!
(Se ainda tiver alguma dúvida sobre isso, pense no contrassenso que seria, um ano atrás, dedicar tamanho esforço que deveria estar concentrado em doenças mais graves ao combate da gripe.)
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O texto acima, exceto breves correções, foi escrito anos atrás, em 2009, durante a epidemia de gripe suína, a H1N1, cuja letalidade alardeavam, na época, ser altíssima, fazendo com que a população acreditasse tratar-se de uma doença perigosíssima, quando se tratava de uma mera gripe – doença que, até então, era vista com descaso e indiferença por todos.
Sabe-se hoje que a tal epidemia foi uma farsa, que a gripe suína continua entre nós, disfarçada agora de H1N1, e que sua letalidade é igual à de qualquer outra gripe, doença que sempre levou pessoas já previamente bastante debilitadas.
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(Publicado em 28 de março de 2020)
Surge, agora, o coronavírus, ameaça similar àquela, mas com uma diferença significativa: tenderá a se espalhar muito rapidamente, contagiando simultaneamente uma enorme quantidade de pessoas, o que causará o abarrotamento de hospitais e a impossibilidade de tratamento médico de um amplo contingente de doentes, aumentando, em consequência, de modo significativo, todos os transtornos causados pela doença, incluindo nisso as mortes.
Em vista de tais fatalidades, tem-se proposto, em quase todo o mundo, como aqui, a interrupção de inúmeras atividades – Suécia e Holanda são duas honrosas exceções, países onde não serão interrompidas as atividades normais; torço para que persistam nesse caminho, de modo que oferecerão, em futuro breve, boa amostra para a comparação e decisão de estratégias futuras para toda a humanidade.
(A estratégia imobilista será infinitamente mais penosa nos países pobres, onde a população padecerá na penúria, e onde a maioria dos serviços executados não pode ser efetuada na própria residência, ao contrário do que farão os ricos).
Creio que a população brasileira vem sendo enganada e manipulada, tendo sido ocultado de nós o plano de nos manter confinados por aproximadamente 1 ano e meio, para, posteriormente, nunca mais retornarmos à normalidade, resignados a uma vida que hoje consideramos insuportável, acovardados, amedrontados com o mundo e com as pavorosas gripes que o assolam (as gripes comuns).
Noto claramente que, nesse momento, muitos brasileiros, especialmente entre os que considero mais simpáticos, tendo sido manipulados – todos somos, o tempo todo –, sentem-se agora comprometidos com a defesa de um estado de coisas que considero absurdo.
O plano a que estamos nos alinhados me parece desagradabilíssimo e malévolo. Penso não haver motivos para perda tão extraordinária. Tornar-nos-emos uma multidão de hipocondríacos covardes, aterrorizados até com gripes. Recuso-me a endossar postura tão reles. Há que se ter um mínimo de coragem para enfrentar a vida
Pressinto com intensidade, ainda, uma vileza adicional sem precedentes, uma malevolência que ainda não sou capaz de definir, mas que logo se revelará. Não me agrada minimamente me alinhar com forças tão tenebrosas, manterei distância delas e me rebelarei em nome da liberdade e de tudo o que é humano.
Comparação entre a quantidade de mortes por habitantes no mundo e na África:
No dia 23 de abril de 2022, foram noticiados 96 óbitos por covid no Brasil. Nesse dia houve também desfile de escolas de samba e blocos carnavalescos pelo Brasil. Tais eventos parecem ter elevado os óbitos em 31%, uma semana depois, quando, em 30 de abril se noticiaram 127 óbitos! A inexistência de explicação razoável para o aumento estrondoso expõe a farsa.
A crença macabra de que o carnaval deva aumentar casos e óbitos por covid gerou o aumento de quase um terço de mortes em 7 dias. Mas, atente! Os números sugerem que as pessoas tenham pegado a doença e morrido em 7 dias, um despautério.
Na falta de qualquer outra explicação, presume-se que os números gritantes tenham…