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Ameaça à humanidade, por Gustavo Gollo



Segundo a BBC, “estudos realizados em diversos países mostram que a qualidade média do sêmen dos homens de todo o mundo vem caindo pelo menos desde a década de 1930. (...) entre 1938 e 1991, a concentração média de espermatozoides caiu de 113 milhões/ml para 66 milhões/ml". Os valores correspondem à redução de 42% em pouco mais de 5 décadas e projeta a extinção da humanidade em poucos séculos.


Revisão mais recente e drástica dos estudos disponíveis estimou em 50-60% a redução na contagem de espermatozoides em homens da América do Norte, Europa, Austrália e Nova Zelândia em menos de 4 décadas, entre 1973 e 2011.


Um estudo brasileiro mostrou declínio ainda mais aterrorizante na concentração seminal média, de 86 milhões de espermatozoides por mililitro (ml), no período de 1989 a 1995, para 48 milhões/ml, entre 2011-2016, redução de 44% em pouco mais de duas décadas!

Disfunções na motilidade e alterações na forma dos espermatozoides também revelam notáveis aumentos.


Os dados projetam o fim da humanidade em questão de décadas. Em resposta à expectativa de extinção humana, a OMS reduziu os valores de referência que definem uma amostra seminal como "normal", minimizando o problema. Os parâmetros mínimos de concentração normal de espermatozoides foram reduzidos de 20 milhões/ml para 15 milhões/ml.

As causas da catástrofe iminente deixam certas dúvidas.


Embora, sabidamente, álcool e fumo possam causar reduções na fertilidade, a inexistência de aumento significativo no consumo de tais drogas nos períodos estudados, descarta qualquer suspeita que justifique tal correlação. O problema se circunscreveria a fumantes e alcoólatras, além disso. Suspeitas infundadas sobre fumo e álcool parecem ter sido plantadas para ocultar as verdadeiras causas do problema.


Substâncias químicas presentes em pesticidas e solventes geram suspeitas, como qualquer outro fator de contaminação do ambiente que venha ocorrendo desde o início do século XX e se intensificado ao longo do tempo. Os plásticos, no entanto, parecem ser os grandes vilões.



Plásticos


A inundação de plásticos é o que levanta as mais fortes suspeitas, dada a presença de bisfenóis em sua composição química. Bisfenóis podem simular o comportamento de hormônios no organismo, desregulando o sistema endócrino, caracterizando-os como disruptores endócrinos, substâncias que atuam no organismo humano por meio da imitação dos hormônios naturais (como o estrogênio), ocasionando o bloqueio da ação hormonal natural, alteração dos níveis dos hormônios endógenos e infertilidade.


Forte agravante resulta do fato de que o plástico acumulado no ambiente tende a garantir a perpetuação do problema em decorrência de geração de bifenóis ao longo de décadas futuras, mesmo após o eventual cessamento de produção do material.



A conclusão bombástica


A estrondosa redução de fertilidade constatada nos estudos consiste em uma forte ameaça de extinção da humanidade, talvez a maior delas. Note, em contraste com a extrema gravidade da situação, o quanto os recentes impulsos anti-humanistas, e a fortíssima campanha pela redução populacional tendem não só a minimizar a catástrofe, mas até sugerir sua desejabilidade, e constate a naturalidade com que até o mais absurdo desejo pode ser plantado nas nossas cabeças.


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