,por Gustavo Gollo
O CENSO 2022 encontrou um número de brasileiros bem menor que o esperado com base nas estimativas oficiais das Nações Unidas. A contagem oficial revelou a existência de 203.062.512 brasileiros no primeiro de agosto de 2022, valor significativamente menor que os 215.313.498 estimados pelas nações unidas. Mais significativa ainda que a diferença de mais de 12 milhões no total de pessoas, foi a divergência entre o valor do crescimento populacional estimado e o encontrado. A contagem do IBGE mostrou o crescimento populacional de 0,45% ao ano durante a década passada, a metade da estimativa alarmista da ONU de 0,90%. A análise dos números, no entanto, revela uma enorme surpresa: a população brasileira já se encontra em declínio, ou seja, há menos pessoas habitando o Brasil que no ano anterior! De tão surpreendente, a constatação parece inacreditável, mas pode ser deduzida com o auxílio da seguinte regressão:
Ano Crescimento Populacional
2011 1,0%
2012 0.9%
2013 0.8%
2014 0,7%
2015 0,6%
2016 0,5%
2017 0,4%
2018 0,3%
2019 0,2%
2020 0,1%
2021 0,0%
2022 - 0,1%
A regressão proposta parte da estimativa de 1,0% de crescimento populacional em 2011 para chegar à média de 0,45% no período até 2022, valor encontrado pelo CENSO. A dedução expõe o caráter delirante da estimativa atual de mais de 215 milhões de habitantes no país, mantida pela ONU apesar dos resultados da contagem. O resultado se deve à baixíssima fertilidade das brasileiras, somada ao êxodo crescente de jovens migrantes. A disparidade estrondosa entre os números e as expectativas nos faz pensar no que teria levado a erro tão gritante (o equívocoé recorrente e vem sendo repetido há décadas).
Quase diariamente, somos bombardeados pelos meios de comunicação sobre uma explosão demográfica em curso, no Brasil e no mundo. Fico a pensar sobre a credibilidade de tal informação e se se em outros paises os cenários preocupantes alardeados pela ONU estão sendo alimentados por expectativas tão equivocadas como a que foi demolida pelo recenseamento do país. Desinformação tão espantosa deveria ser denunciada como fake news, mas talvez o rótulo só se aplique a narrativas que antagonizem diretrizes oficiais.
Os números indicam que a população brasileira, tendo já transposto o seu máximo, continuará se reduzindo cada vez mais acentuadamente, retornando, ainda nessa década, a valor abaixo dos 200 milhões de habitantes para mergulhar, em seguida, em um drástico declínio. A tendência de declínio populacional deve se acentuar com o tempo, gerando uma pirâmide populacional invertida com a base cada vez mais estreita sob o topo cada vez mais largo. A situação é preocupante, vários problemas sociais decorrerão da radicalidade de tal mudança. Vários países têm tentado, com dificuldade, criar cenários que revertam essa tendência. Tomara que eu esteja errado, mas temo que o racismo seja a causa do desatino que nos tem levado a afligir com uma suposta explosão demográfica quando já deveríamos nos preocupar com a tendência oposta, de envelhecimento e colapso populacional no país.
Leia também:
UN Revision of world Population Propects 2022
A PREOCUPAACAO COM O DECLINIO POPULACIONAL EH GENERALIZADA, ATEH EM PAISES COMO OS EUA, COM TAXAS SE FECUNDIDADE BEM MAIS ALTAS QUE AS BRASILEIRAS: To be sure, China is not alone in facing a demographic ticking time bomb. Japan and Korea have been facing low birth rates for years; America, too, has a declining birth rate. The problem is also often examined across generational, rather than geographical, lines, with many questions centering around why millennials around the world are delaying childbirth.
However, even a massive change in societal attitudes may not be able to address China's demographic crisis.
https://www.msn.com/en-us/news/world/women-in-china-aren-t-having-kids-we-asked-3-of-them-to-tell-us-why/ar-BB1i7XBf?rc=1&ocid=winp1taskbar&cvid=b866d02c4afc406298b7627ea56c3891&ei=26#:~:text=To%20be%20sure,China%27s%20demographic%20crisis.
Previsões estapafúrdias assumidas pelas Nações Unidas:
Previsões estapafúrdias assumidas pelas Nações Unidas:
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