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A verdadeira história de Chapeuzinho Vermelho

 

 

 

             Lobão vinha reparando em Chapeuzinho vermelho havia certo tempo, já não era mais

uma menina, e estava ficando bem ajeitadinha; naquela manhã quase chuvosa, vestia uma

capinha vermelha que lhe caía até as pernas nuas e graciosas, quando passou saltitando e

cantando de uma maneira jovial e encantadora que obrigou o jovem a fitá-la com um olho

muito comprido e puxar conversa: 
            — Olá Chapeuzinho. Aonde vai assim bonita? 
            Ao ouvir o galanteio, a moça foi toda sorriso: 
            — Ah, obrigada Lobão, estou indo levar esses doces para minha vovozinha, não gostaria

de me acompanhar até lá? 
            — Boa ideia, estava aqui sozinho pensando no que fazer... 
            E partiram os dois, ela saltitante e muito alegre, ele com os olhos grudados nas coxas da

mocinha que, aliás, se locomovia com enorme graça; sua capinha vermelha e curta caía sobre

o corpo como um sino, enquanto os dois badalavam pela rua de mãos dadas. Já estavam perto

da casa da avó, e ela ainda cantava, desafinada e ininterruptamente, a mesma musiquinha

enfadonha: 
            — Pela estrada afora eu vou bem sozinha, levar esses doces para a vovozinha... 
            Estavam bem alegres quando cruzaram com três figuras rebolando ostensivamente: 
            — Viu, não falei que era o bofe? 
            — E com essa mocréia. 
            — Horrorosa! 
            As criaturas passaram, mas quem perdeu o rebolado foi o casal; a menina interrompeu finalmente a cantoria maçante, soltou a mão do parceiro e perguntou: 
            — Ih, você anda com esses porquinhos, é? 
            Lobão, ainda menos à vontade, já não sabia o que estava fazendo ali, e só continuou a acompanhar a menina por absoluta falta de opção e pelo fato de já estarem chegando, o que, por sorte, sucedeu quase de imediato.  A avó da menina os recebeu efusivamente, quebrando todo o gelo acarretado pelo encontro prévio. Conversaram bastante, lancharam, comeram os

docinhos trazidos pela moça e quando já estava chegando a hora de ir, a menina se prontificou a retirar a mesa e lavar os pratos, mas enquanto isso acontecia, desastradamente, Lobão derrubou um copo de suco em seu próprio colo, o que não chegou a causar nenhum transtorno já que imediatamente a avó da menina, com o auxílio de um guardanapo, o secou com muito cuidado e carinho; muito mais até que o necessário, protegendo com uma das mãos e extrema habilidade as coisas do rapaz por baixo da calça molhada, enquanto o enxugava com a outra. Mas a moça não tardou a voltar da cozinha encontrando Lobão em um misto de parvoíce e êxtase, enquanto sua avozinha permanecia muito alegre, encantada com a visita. 
            Despediram-se e partiram, com a recomendação muito explícita para ambos de que regressassem assim que pudessem. Durante a volta, Chapeuzinho continuava tão alegre quanto na vinda, e tratou de entoar a mesma musiquinha cacete, mas Lobão parecia disperso e distante, permanecendo calado por quase todo o percurso. Ainda faltava um bom trecho para chegarem de volta à casa da mocinha quando Lobão rompeu seu próprio silêncio para comunicar que havia esquecido algo, e que Chapéu deveria prosseguir sozinha, retornando ele próprio pelo caminho por onde acabavam de vir; a menina não entendeu a atitude do outro, mas mesmo assim prosseguiu. 
            Ao chegar em casa, sua mãe perguntou pela cestinha, da qual necessitaria naquele mesmo dia; a moça confirmou tê-la esquecido na casa da avó, mas aquiesceu em voltar lá para buscá-la logo após a refeição, que já estava quase servida, de modo que almoçou e saiu em seguida. 
            Não demorou para que a campainha da avó tocasse uma vez mais naquele dia, mas, para a surpresa de ambos, quem abriu a porta para a menina foi ninguém menos que Lobão, ridiculamente vestido em um roupão florido da velha. Tão instintiva quanto absurdamente, o jovem tentou se esconder puxando o capuz do minúsculo vestido por sobre o rosto, deixando de fora as musculosas pernas muito peludas com que se deslocou rapidamente para o interior do quarto.     
            Divertidíssima com a cena burlesca, Chapeuzinho tratou de dar corda à farsa correndo atrás do bufão aos gritos de “vovó”, “vovozinha”, a que o truão respondia em falsete, enquanto puxava o capuz para cima com o intuito de esconder o rosto, sem se preocupar em deixar os fundos à mostra. 
            À beira do desespero, flagrado ali na cama da velha, vestido da maneira mais ridícula que se possa pensar, o pobre Lobão nada mais conseguia imaginar exceto tentar se esconder da menina impertinente que o perseguia na mais cândida alegria; e enquanto se esforçava por se cobrir, bisonhamente vexado, a menina se

empenhava em fazer o exato contrário, expondo-o o mais que pudesse,

até que não restasse outra opção que não a rendição. Ainda encolhido,

buscou coragem para fixar os olhos medrosos e arregalados na menina,

que na maior desfaçatez perguntou: 
            — Para que esses olhos tão grandes, vovó? 
            Ao que, com voz trêmula e em falsete, e depois de uma pausa que

lhe pareceu absurdamente longa e torturante, Lobão se viu compelido a

responder: 
            — São para te ver melhor. 
            Certas vicissitudes acabam por se revelar tremendamente

apropriadas, e os brevíssimos segundos necessários para a resposta

foram suficientes para que Lobão finalmente tomasse pé da situação e

prestasse atenção ao generoso decote de Chapeuzinho que, sentada a

seu lado, se debruçava sobre seu corpo seminu coberto por um lençol.

Confiante e ousada, a moça retirou abruptamente o lençol que o cobria,

deixando à mostra o corpo coberto apenas pelo ínfimo roupão muito leve.

Foi a vez de Chapeuzinho surpreender-se. Toda arregalada a jovem

exclamou: 
            — Hã, Lobão... 
            E com os olhos cravados no volume que começava a se destacar

do corpo do rapaz, perguntou: 
            — E para que esse negócio tão grande? 
            Nesse mesmo instante a coisa pareceu ter crescido ainda mais,
até

escapulir repentinamente brotando fora do traje exíguo, enquanto o lobo

respondia com voz grave e rouca: 
            — É pra te comeeeer! 
            E puxou a menina arregaladíssima pelos ombros para cima de si,

enquanto a mordiscava, apalpava e a comprimia com avidez por sobre

seu corpo.       

Histórias de Amor

Gustavo Gollo

e Erotismo

Sobre o olhar de Carmem

 

 

Para todos os que não conhecem Carmem, parecerá absolutamente inacreditável e remota a possibilidade de que seus olhos sejam a origem do fogo do sol, e assim, consequente e indiretamente, a fonte de toda a luz que ilumina, e do calor que aquece a totalidade das coisas em torno. Tal consideração, racional e justa, se baseia simplesmente no pressuposto indiscutível de que a consequência não pode nunca superar a causa, o que torna inverossímil a suposição de que o simples olhar de algum ser mortal pudesse originar tão portentosa fonte de luz e energia.

 

Os que conhecem Carmem e que já viram seus olhos, no entanto, considerarão a plausibilidade de conjetura tão insólita, e, não sendo cegos,  concederão que o breve argumento exposto acima, que aduz à preponderância do mais forte sobre o mais fraco, não se impõe com absoluta confiança quando se compara o sol e o olhar de Carmem, sendo claro para estes, que ambos brilham com magnitude aproximadamente equivalente, e extremamente difícil asseverar se algum dos dois reluz com maior intensidade que o outro. 
 

Apesar da constatação de que tanto o sol quanto os olhos de Carmem

luzem com intensidades equipotentes, um fato que presenciei me faz

acreditar serem os olhos de Carmem a origem primária de toda a luz e

de todo o calor, é o que passo a relatar. 
 
Sucedeu em uma manhã comum, dessas em que o sol já brilha com

certa intensidade entre vasta quantidade de nuvens que se adensam e

se rarefazemcom certa aleatoriedade, sobre um mar crestado de ondas

espumantes chacoalhando ritmadamente sobre a areia branca. Foi em meio a um tão belo cenário, e enquanto seu rosto se encontrava momentaneamente emoldurado por uma onda especialmente alta e espumante, que eu vi Carmem mirar o sol com seus olhos radiantes, fazendo resplandecer imediatamente toda a praia com um fulgor que aumentava enquanto ela permanecia com os intensíssimos olhos fixos no sol, até que o brilho do astro equivalesse ao de seu olhar, quando ela decidiu ser o suficiente, voltando os olhos para o imenso mar que já brilhava intensamente refletindo o sol, mas que nesse momento refulgiu ainda mais, espelhando o olhar de Carmem. Foi assim, dessa maneira tão óbvia e direta, que constatei o modo trivial que ela usava para iluminar o sol, bastando para isso voltar seu olhar para o principal luzeiro dos céus. 
 
Carmem percorre a praia quase todas as manhãs; quando decide permanecer em casa o sol não refulge, são os dias nublados e aqueles em que chove, e que ela, sabiamente, faz alternar com os dias alucinadamente coloridos e brilhantes em que ela permite que o sol brilhe tão intensamente quanto seus olhos.   

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No escritório, bem no meio da galera...         

 

 

Era mais uma tarde chata e quente, como  tantas outras no escritório envidraçado, e Lucinda permanecia entediada em sua mesa. O colega em frente parecia mergulhado na internet; do lado de fora da vidraça o movimento normal de todos os dias; atrás de si o chefe, vigilante como sempre. 
 
No meio do tédio brutal,  sem nada para fazer, decidiu entrar na internet, em um site de conversas, sabia que algumas pessoas  gostavam daquilo. 
 
Entrou em uma sala de bate-papo e ainda tentava entender o que acontecia ali, quando a conversa  começou a tomar um rumo inusitado. Qualquer coisa que alterasse a rotina de trabalho entediante seria bem vinda, e Lucinda resolveu dar corda às estranhas propostas que recebia. 
 
Logo estava dialogando com um negão que lhe excitava com um palavreado erótico surpreendente. Excitada com o que lia, lembrou de seu chefe. Deu uma espiada para trás e constatou que ele continuava atrás dela, vigilante como sempre. Rememorou a viagem que haviam feito juntos, quando ele lhe chamou para discutir assunto de trabalho no quarto. Enquanto o seguia até lá, subiu ainda mais a saia curta e expôs os seios fartos mais amplamente. 
 
Lembrou da entrada no quarto, do olhar guloso com que ele esquadrinhou todo o seu corpo, e dos bofetes que foi logo recebendo, “para aprender a não ficar rebolando daquele jeito, "tentando um macho” em local proibido. O homem esbofeteou-a duas vezes, cinematograficamente, com os dois lados da mão, enquanto desabotoava a calça e expunha o pau duro para a gostosa. 
 
Atônita, Lucinda caiu na cama com as pernas abertas, a boceta reluzindo na calcinha branca, luminosa, e já bem exposta. 
 
O chefe se despiu, arrancou a roupa da gostosa e enfiou-lhe o caralho. Enfiou com força na boceta antes de virá-la de costas, tascar-lhe uma palmadona na bunda e botar-lhe no rabo com raiva. 
 
A gostosa rememorava esses momentos deliciosos quando o negão propôs aparecer na tela. Lucinda achou que aquilo poderia enraivecer o chefe. Mesmo assim aceitou o convite e permitiu que a trolha descomunal do negão invadisse toda a tela, para seu espanto e deleite. Nunca mais tinha levado umas porradas tão deliciosas, nem uma enfiada como aquela, depois de amaciada pelas bolachas. 
 
A visão do geba imensa e lustrosa se exibindo gloriosamente sob todos os ângulos a compeliu a, ali mesmo, no escritório envidraçado, desabotoar a calça e iniciar uma massagem na boceta molhada, comandada pela batuta do negrão. 
 
Com toda a naturalidade do mundo, a gostosa enfiava os dedos na boceta enquanto mantinha o olhar guloso no pau do negrão, que telefonou para ela; queria ouvir o som de seus dedos mergulhando na boceta encharcada. 
 
A gostosa adorou ouvir a voz do homem, e obedeceu o pedido, colocando o telefone junto à boceta, enquanto a estocava em sincronia com o movimento do caralho imenso na tela. O chuac, chuac, chuac de sua boceta deu ainda mais energia ao trabuco, aumentando o ritmo de seu compasso, acompanhado pelas cutucadas naturalíssimas da mulher em sua boceta encharcada, em pleno escritório, no meio dos colegas. 
 
Lucinda teve apenas um breve vislumbre da porra jorrada pela trolha negra, ao mesmo tempo em que ela mesma se deixava levar em um gozo solto e  natural. Ainda voltou o pescoço para trás, para conferir se o chefe vigilante a monitorava naquele momento de deleite, enquanto mantinha uma preocupação muito longínqua em ter suas feições notadas pelos colegas.

 

 

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